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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arqueologia
N.º de Inventário:
988.3.167
Supercategoria:
Arqueologia
Categoria:
Escultura
Denominação:
Ex-voto consagrado a Endovélico
Grupo Cultural:
Romano
Datação:
II d.C. - III d.C. - Época Romana
Matéria:
Mármore róseo de tipo Estremoz-Vila Viçosa
Dimensões (cm):
altura: 91; largura: 51; espessura: 16;
Descrição:
Ex-voto figurando parcialmente uma figura masculina, em relevo, desnuda, sobre um suporte plano que lhe serve de fundo. Segundo Leite de Vasconcelos, aludiria ao dedicante, evidenciando uma deformação patológica na perna esquerda. Actualmente a maioria dos autores, na sequência da opinião expressa por Lambrino, interpretam esta estátua como representação do próprio deus, explicando como mera inabilidade do escultor, a desproporção verificada; mas, rigorosamente, a questão permanece em aberto. Partida ao nível do diafragma, vê-se o tronco, pernas e mão esquerda. É uma escultura rude, com a perna esquerda mais curta que a direita, o corpo representado de frente mas com a perna e o pé direito de perfil. Um outro fragmento vem completar esta estátua: o ombro, o braço e a mão esquerda. O braço está dobrado e a mão parece pousada no peito. O campo epigráfico ocupa a base da estátua, sendo a paginação do texto pouco cuidada e os caracteres irregularmente gravados. A utilização de simples abreviaturas para indicar os "trianomina" do dedicante poderá interpretar-se como sinal de intimismo, de secretismo, na relação deste com a divindade. (Segundo RL-JCR) DEO ENDOVELI / CO SACRVM AEDEOLV / C(aius?) S(ulpicius?) C (?) PRO VTVM FECIT Tradução: Consagrado ao deus Endovélico. Caius Sulpicius (?) C... fez uma aedicula, em cumprimento de promessa.
Incorporação:
Outro - Mandato legal. Escavações de José Leite de Vasconcelos
Proveniência:
S. Miguel da Mota.
Origem / Historial:
*Forma de Protecção: classificação; Nível de Classificação: interesse nacional; Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei nº 107/2001, de 8 de Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas; Legislação aplicável: Lei nº 107/2001, de 8 de Setembro; Acto Legislativo: Decreto; nº 19/2006; 18/07/2006* O Santuário do Deus Endovélico situa-se no Monte de S. Miguel da Mota, Alandroal. Nesse local havia as ruínas de um templo cristão, cujos alicerces e paredes eram em parte constituídos por pedras pertencentes ao culto de Endovélico, tais como aras, estatuetas, bases de estátuas e de aras. No Entrudo de 1890 José Leite de Vasconcelos deslocou-se a S. Miguel da Mota e obteve do dono da herdade, Sr. Manuel Inácio Belo a necessária autorização para iniciar os trabalhos arqueológicos. Nessa altura recolheu algumas peças, que trouxe para a Biblioteca Nacional de Lisboa, onde, à data, era Conservador. Verificou no entanto que era necessário proceder à desmontagem do edificio para se poderem recolher as melhores peças. Participou tal facto ao Inspector Geral dos arquivos e bibliotecas públicas do reino, Sr. António Ennes, que conseguiu autorização do Ministro do Reino que mandou fazer a exploração arqueológica. Foi José Leite de Vasconcelos encarregado desse trabalho, que iniciou na Páscoa desse mesmo ano. Trouxe cerca de 200 lápides, para além de elementos arquitetónicos, diversos fragmentos de estatuária, entre outro material, que se depositou na Biblioteca Nacional e daí transferido para o Museu.
 
     
     
   
     
     
     
 
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