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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arqueologia
N.º de Inventário:
988.3.103
Supercategoria:
Arqueologia
Categoria:
Escultura
Denominação:
Estátua de togado
Grupo Cultural:
Romano
Datação:
II d.C. - Época Romana
Matéria:
Mármore
Dimensões (cm):
altura: 89,5; largura: 53,5; espessura: 26,3;
Descrição:
Estátua de um personagem masculino em pose clássica, envergando túnica e toga, com as dobras ("sinus" e "umbo") da época imperial. Faltam a cabeça, o braço direito e toda a porção inferior aos joelhos. A mão e o pulso direitos, que seguram as dobras da toga junto às ancas, encontram-se fragmentados e toda a superficíe da escultura apresenta escaras por vezes profundas. De pequeno tamanho, comparativamente às dimensões de outros togados aparecidos em território português, a estátua é muito estreita e destinava-se provavelmente a ficar encostada a uma parede. Execução rude e apressada. Encontrada no "santuário" do deus Endovélico em S. Miguel da Mota, juntamente com outras peças que aí tiveram a função de ex-votos, esta estátua pertencerá igualmente a essa categoria de objectos, não devendo ser considerada como uma escultura de aparato como é o caso de outros togados referidos neste estudo. Trata-se de um ex-voto oferecido a Endovélico, figurando um indivíduo a favor do qual se invocara a protecção do deus.
Incorporação:
Outro - Escavações de José Leite de Vasconcelos
Proveniência:
S. Miguel da Mota.
Origem / Historial:
*Forma de Protecção: classificação; Nível de Classificação: interesse nacional; Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei nº 107/2001, de 8 de Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas; Legislação aplicável: Lei nº 107/2001, de 8 de Setembro; Acto Legislativo: Decreto; nº 19/2006; 18/07/2006* O Santuário do Deus Endovélico situa-se no Monte de S. Miguel da Mota, Alandroal. Nesse local havia as ruínas de um templo cristão, cujos alicerces e paredes eram em parte constituídos por pedras pertencentes ao culto de Endovélico, tais como aras, estatuetas, bases de estátuas e de aras. No Entrudo de 1890 José Leite de Vasconcelos deslocou-se a S. Miguel da Mota e obteve do dono da herdade, Sr. Manuel Inácio Belo a necessária autorização para iniciar os trabalhos arqueológicos. Nessa altura recolheu algumas peças, que trouxe para a Bilblioteca Nacional de Lisboa, onde, à data, era Conservador. Verificou no entanto que era necessário proceder à desmontagem do edificio para se poderem recolher as melhores peças. Participou tal facto ao Inspector Geral dos arquivos e bibliotecas públicas do reino, Sr. António Ennes, que conseguiu autorização do Ministro do Reino que mandou fazer a exploração arqueológica. Foi José Leite de Vasconcelos encarregado desse trabalho, que iniciou na Páscoa desse mesmo ano. Trouxe cerca de 200 lápides (elementos arquitetónicos, fragmentos, etc.) que se depositaram na Biblioteca Nacional e foram daí transferidas para o Museu.
 
     
     
   
     
     
     
 
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