Museu:
Museu Nacional de Arqueologia
N.º de Inventário:
2000.30.1
Supercategoria:
Arqueologia
Denominação:
Estela com escrita do Sudoeste
Grupo Cultural:
1ª Idade do Ferro do Sul - período orientalizante
Datação:
VIII a.C. - VII a.C. - 1ª Idade do Ferro
Dimensões (cm):
altura: 110; largura: 58,5; espessura: 7,5;
Descrição:
Grande estela sepulcral de forma sub-rectangular, bem talhada, em xisto, apresentando numa das faces uma inscrição pré-latina limitada por cartelas, de direcção sinistrorsa, numa única linha, disposta em sequência e colocação angular. A estrutura é constituída por um possível antropónimo e um elemento de formação de compostos (ver legenda), seguido por variante da fórmula completa. Grupo 2. (Segundo classificação e descrição de V.H.C - 1996, cat. 47)
Nota de contextualização:
"Um dos mais importantes indicadores culturais do Ocidente europeu é constituído pela existência de escrita de estrutura semi-silábica, datada dos sécs. VII a V a.C. e delimitada geograficamente pelo Baixo Alentejo e Algarve.
Esta escrita aparece-nos maioritariamente sobre suportes de pedra, em estelas, bétilos ou lápide sepulcrais em clara conexão com contextos funerários de filiação cultural orientalizante, revelando o uso de fórmulas padronizadas, mais ou menos repetitiva.
No Alentejo, verifica-se aliás uma das suas variantes, traduzida pela menor riqueza e diversidade de fórmulas funerárias.
Trata-se de um semi-silabário, aparentado ao alfabeto fenício, mas em que a existência de grande número de vogais pode também indicar uma escrita não semita, cujo valor fonético é conhecido, mas ainda indecifrado, usado pelas elites locais, que naquela região defendiam as rotas do minério e asseguravam o controle do comércio, na área de influência e sob a égide de Tartessos."
Incorporação:
Outro - Prospecções de Caetano de Mello Beirão
Proveniência:
Monte dos Nobres. Necrópole de Nobres.