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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arqueologia
N.º de Inventário:
10290
Supercategoria:
Arqueologia
Categoria:
Escultura
Denominação:
Tampa de sepultura
Datação:
1200 a.C. - 900 a.C. - Idade do Bronze Final
Matéria:
Xisto
Dimensões (cm):
altura: 64; largura: 28; espessura: 5;
Descrição:
Tampa de sepultura fragmentada e irregular, de xisto, do tipo I ou Alentejano (Gomes e Monteiro, 1977) com representação de armas em relevo. Apresenta vestígios de dois motivos que dominam a iconografia deste tipo de tampas, punho de espada à esquerda de uma figura bi-ancoriforme disposta na vertical. Se a espada é facilmente correcionável com alguns exemplares já identificados, sobretudo, em sepulturas da Idade do Bronze, a compreensão da figura bi-ancoriforme é muito mais problemática. Todos os autores que estudaram monumentos com esta representação, propõem diferentes interpretações. Leite de Vasconcelos (1908) considera-as como machados de gume largo, para Abel Viana (1962) ou Fernando Nunes Ribeiro (1965) seriam armas defensivas sem precisarem o tipo. H. Breuil associa-as a ídolos megalíticos, enquanto que para Martin Almagro (1966) poderiam representar a alma do defunto ou o deus que acolheria o morto. Varela Gomes e Pinho Monteiro (1977) consideram-nas como símbolos de autoridade e poder, enquanto que Caetano Beirão (1973) limita-se a denominá-las de "objectos não identificados". No que à espada diz respeito é possível incluí-la no tipo das de lâmina de bordos rectos da tipologia poposta por Almagro (1966). O relevo, conseguido por processos que desbastam a pedra em redor dos motivos que pretendem definir, foi a técnica utilizada nesta estela. Este tipo de estelas teriam servido como tampas de sepulturas do tipo cista, que se colocavam horizontalmente sobre as sepulturas. As tampas de sepultura com representações de armas são típicas da região sul do actual território português, estando documentadas numa ampla região, que se estende desde o concelho de Santiago do Cacém ao Algarve.
Incorporação:
Outro - Peça recolhida por Leite Vasconcelos
Proveniência:
Mombeja
Origem / Historial:
*Forma de Protecção: classificação; Nível de Classificação: interesse nacional; Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei nº 107/2001, de 8 de Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas; Legislação aplicável: Lei nº 107/2001, de 8 de Setembro; Acto Legislativo: Decreto; nº 19/2006; 18/07/2006* " Em 1898 estive em Mombeja, aldeia pertencente ao concelho de Beja, aonde fui em companhia do meu amigo Rev. Antonio da Silva Pires, ao tempo prior de Santa Victoria, o qual me apresentou ao Rev. Antonio Maria de Brito, prior de Mombeja. Percorrendo com estes bondosos ecclesiasticos a povoação, encontrei no pateo da casa de um lavrador, amontoados a um canto tres lages de schisto que me chamaram a attenção por conterem varias esculturas. Tratei immediatamente de as obter e fazer transportar para o Museu Ethnologico ". ( in O Arqueólogo Português, vol. XI, 1906, p. 184).
 
     
     
   
     
     
     
 
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