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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arqueologia
N.º de Inventário:
Au 580
Supercategoria:
Arqueologia
Categoria:
Ourivesaria
Denominação:
Brinco de nó de correr
Grupo Cultural:
Romano
Datação:
I d.C. - Época Romana
Matéria:
Ouro
Técnica:
Fundido, martelado e soldado
Dimensões (cm):
altura: 2,5; largura: 1,3;
Descrição:
Brinco formado por argola e pendente. A argola é constituída por arame liso de secção circular, com as extremidades afiladas, que se cruzam e enrolam uma na outra. O pendente é formado por haste de arame liso de secção circular, com uma extremidade em argola soldada e enfiada no aro; a extremidade oposta encontra-se retorcida e adelgaçada. O pendente deve ter possuído originalmente uma conta.
Incorporação:
Outro - Mandato legal. Escavações do museu
Proveniência:
Tróia
Origem / Historial:
*Forma de Protecção: classificação; Nível de Classificação: interesse nacional; Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei nº 107/2001, de 8 de Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas; Legislação aplicável: Lei nº 107/2001, de 8 de Setembro; Acto Legislativo: Decreto; nº 19/2006; 18/07/2006* Tróia As ruinas de Tróia são conhecidas desde o século XVI, época em que Gaspar Barreiros e André de Resende as indicam, erradamente, como sendo as da cidade romana de Cetóbriga (actual Setúbal). Ignora-se o nome antigo deste lugar. André de Resende escritor quinhetista, humanista e, como lhe chamou Leite de Vasconcelos "o pai da arqueologia portuguesa" ali realizou pesquisas. A designação "Tróia" encontra-se registada em documentos datados do século XVI. Ao longo dos séculos XVII e XVIII são levadas estátuas, colunas, inscrições e outros vestígios desta estação. No séc. XVIII, organizada pela Infanta D. Maria, futura D. Maria I, realiza-se importante escavação. No século XIX, com o intuito de escavar Tróia, surge em Setúbal a primeira sociedade arqueológica do país, a "Sociedade Arqueológica Lusitana". Desenvolve trabalhos entre 1850 e 1856. Cresce, e atrai, gradualmente, novos membros. Entre as figuras convidadas pela "Sociedade" a visitarem Tróia, encontram-se o Duque de Palmela e o próprio D. Fernando II, mais tarde seu protector. Nos finais do século XIX, inícios do século XX, são publicados os primeiros estudos sobre as ruínas de Tróia. Destacam-se os trabalhos de José Leite de Vasconcelos e Inácio Marques da Costa. As primeiras escavações arqueológicas metódicas iníciam-se 1947 e 1948 dirigidas por Manuel Heleno, professor na Faculdade de Letras de Lisboa e 2º director do Museu Etnológico do Dr. Leite de Vasconcelos até 1967 (hoje, Museu Nacional de Arqueologia). Colaboram nestas escavações Fernando Bandeira Ferreira nas décadas de 40 e 50, e, Manuel Farinha dos Santos e D. Fernando de Almeida na década de 60. Este último, sucede a Manuel Heleno na direcão do Museu, e das escavações de Tróia até 1976. Centra os seus trabalhos no núcleo religioso, pondo a descoberto o complexo do templo paleocristão, as oficinas de salga que o circundam, assim como, a necrópole das sepulturas de mesa e parte da oficina de salga a sudeste desta. Estas escavações, não obstante algumas paragens, continuam até 1973. António Cavaleiro Paixão, colaborador de D. Fernando de Almeida foi o técnico responsável de 1976 a 2004. Este período, caracteriza-se por trabalhos de escavação menores e levantamento topográfico de toda a estação, destacando-se ainda, a realização de alguns trabalhos de conservação e restauro. Na década de 90 do século XX publicam-se dois importantes estudos interpretativos das ruínas de Tróia. O primeiro, da autoria de Robert Étienne, Yasmine Makaroun e Françoise Mayet, intitulado Un grand complexe industriel à Tróia (Portugal) (1994). Foca a importância do sítio enquanto produtor de salgas de peixe. O segundo, inserido na obra de Justino Maciel, Antiguidade tardia e paleocristianismo em Portugal, debruça-se sobre o núcleo religioso da basílica paleocristã. Em 2005, ao abrigo do protocolo celebrado com o IPPAR e o IPA (IGESPAR), com o intuito da salvaguarda, recuperação, restauro e a valorização das Ruínas, é criada uma equipa de Arqueologia responsável por este sítio arqueológico. Após a descoberta de alguns fornos, compreendeu-se também, que recipientes cerâmicos e louças de cozinha eram fabricados em oficinas localizadas na margem direita do rio. O abundante espólio recolhido ao longo das sucessivas campanhas de escavação permite situar no séc. I d.C. o início da ocupação, que se estende até aos sécs. V/VI d. C. Fontes: Adília Alarcão, in "Portugal das Origens à Época Romana, MNA, 1989; Site: (www.troiaresort.net).
 
     
     
   
     
     
     
 
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