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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional dos Coches
N.º de Inventário:
V 0017
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Meios de transporte
Denominação:
Coche
Título:
Coche do Cardeal D. João da Mota e Silva
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Portugal (?)
Datação:
XVIII d.C.
Matéria:
Madeira; couro; vidro; veludo de seda; tafetá de seda; galão de ouro; bronze; latão; ferro
Suporte:
Madeira de carvalho e/ou azinho (estrutura e rodados)
Técnica:
Madeira entalhada, policromada e dourada; pintura a óleo; bronze fundido em molde, soldado e dourado; latão fundido e dourado; ferro forjado
Dimensões (cm):
altura: 277; largura: 200; comprimento: 630;
Descrição:
Coche de caixa fechada montada sobre quatro rodas e assente sobre um varal longitudinal que liga os rodados traseiro e dianteiro. O sistema de suspensão é constituído por fortes correias de couro dispostas obliquamente entre a parte inferior da caixa e os montantes, e por quatro molas douradas compostas por dois grupos de lâminas, o superior voltado na direcção da caixa e o inferior no sentido oposto. Estas possuem resguardos de bronze dourado. As correias são pespontadas a branco, descrevendo o pesponto duplas elipses e lisonjas vazadas, sobrespostas e em alternância. A mesma decoração repete-se nas tesouras de segurança, mais estreitas e cruzadas a meia altira dos alçados posterior e anterior da caixa. Nos apainelados das ilhargas inscreve-se um monograma em maiúsculas decorativas, contido num medalhão oval. Os painéis dos alçados traseiro e dianteiro têm pintadas as armas reais portuguesas em escudo oval, sobre pavilhão sobrepujado por coroa fechada. O painel superior traseiro é de couro negro envernizado, contornado por três fiadas de pragaria dourada. O cabeçal traseiro da viatura é dominado por um rosto masculino barbado, inscrito em medalhão circular gomado, ao centro da moldura superior; este medalhão é sustido por duas quimeras em vulto perfeito. A face externa da moldura é ornamentada com delicados motivos concheados e fitomórficos a ouro sobre vermelho. Na face superior do eixo do rodado traseiro, inciso a goiva, o nº 15, certamente fruto de um antigo inventário. O jogo dianteiro é dominado pelo banco do cocheiro, cuja saia de veludo vermelho cortado é agaloada e franjada a ouro. O galão, que desenha ziguezagues de folhas de carvalho, define cada uma das abas, autónoma e contornada a franja de ouro. O interior da caixa é integralmente revestido a veludo carmesim cortado. Possui cortinas de tafetá de seda cor-de-rosa, debruadas a galão dourado de época posterior à construção do carro. O parsevão é forrado a couro com aplicação de pregaria. No exterior as lanças (lança nº13), acessório da viatura, varal de madeira que faz a ligação/ encaixe (neste caso prependiculares) entre a estrutura do veículo e atrelagem dos animais.
Incorporação:
Afectação Permanente - Transferência do Paço Patriarcal de S. Vicente de Fora.
Origem / Historial:
* Forma de Protecção: classificação; Nível de Classificação: interesse nacional; Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas; Legislação aplicável: Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro; Acto Legislativo: Decreto; N.º 19/2006;18/07/2006 * Outrora, este coche foi chamado de "Coche de D. Mariana Vitória" pelo facto de ter sido utilizado pela infanta espanhola e rainha de Portugal, que nele mandou pintar as suas armas. De acordo com o verbete manuscrito, existente no Arquivo do Museu, trata-se de uma viatura construída na época de D. João V.
 
     
     
   
     
     
     
 
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