Origem / Historial:
* Forma de Protecção: classificação;
Nível de Classificação: interesse nacional;
Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei nº 107/2001, de 8 de Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas;
Legislação aplicável: Lei nº 107/2001, de 8 de Setembro;
Acto Legislativo: Decreto; Nº 19/2006; 18/07/2006*
«A crossa do báculo de Semide,apesar de ser uma peça provavelmente de produção local deve ser colocada no contexto do gosto europeu da época.É isso que nos indica o arco trilobado, o desenvolvimento dos rebentos em voluta e a presença de armas lembrando a genealogia do seu possuidor.Embora a importância das oficinas de Limoges tivesse atingido o seu auge no século XIII, a verdade é que a difusão dos seus modelos influenciou de tal modo as oficinas locais, que durante muito tempo houve a tendência de tudo atribuir à zona limosina.hoje sabemos que cidades como Barcelona e Gerona tiveram uma vasta produção entre os séculos XIII e XIV e que a ourivesaria aragonesa conheceu, a partir do século XIV, um notável desenvolvimento na aplicação do esmalte.De influência limosina, conforme indicam os aspectos referidos na descrição, o báculo de Semide poderá ser produto de uma oficina peninsular apesar da inexistência actual da cena figurada não permitir certezas.»