MatrizNet

 
Logo MatrizNet Contactos  separador  Ajuda  separador  Links  separador  Mapa do Site
 
sexta-feira, 19 de abril de 2024    APRESENTAÇÃO    PESQUISA ORIENTADA    PESQUISA AVANÇADA    EXPOSIÇÕES ONLINE    NORMAS DE INVENTÁRIO 

Animação Imagens

Get Adobe Flash player

 


 
     
     
 
FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Grão Vasco
N.º de Inventário:
986
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Escultura
Denominação:
Relicário
Título:
São Francisco Xavier
Autor:
Desconhecido
Datação:
XVIII d.C.
Matéria:
Barro
Técnica:
Policromado
Dimensões (cm):
altura: 32; largura: 21,5; profundidade: 14;
Descrição:
Busto relicário em terracota policromada, representando, a meio corpo, uma figura masculina (São Francisco Xavier). Apresenta um rosto expressivo, cabeça tonsurada e trajando uma alva de gola arredondada e estola. No tronco apresenta um recetáculo oval, com moldura de volutas douradas, onde se encontra a relíquia e a identificação do Santo: S[ÃO] FRAN[CIS]CO XAVIER [O…]. Tem os braços fletidos, o da direita tocando o peito e o esquerdo, segura uma haste, seguramente a parte inferior de um crucifixo. O relicário assenta sobre base poligonal, com vestígios da legenda. Esta peça é da mesma fatura e época do relicário de Santa Constância existente na coleção deste museu.
Incorporação:
Outro - Fundo Antigo do Museu
Origem / Historial:
Francisco de Jaso y Azpilicueta, nasceu em Espanha, na localidade de Xavier (Navarra), a 7 de abril de 1506 e faleceu em Sanchoão (Macau), a 3 de dezembro de 1552. É conhecido como São Francisco Xavier, Apóstolo das Índias, dado que a sua ação missionária permitiu a conversão de largos milhares de nativos na Índia, China e Japão. Foi missionário do padroado português do Oriente cofundador da Companhia de Jesus, uma congregação religiosa destinada ao ensino, à conversão e à caridade. Sob o patrocínio de D. João III, Francisco Xavier é chamado a Portugal, em 1540, e ruma à Índia no ano seguinte, indo apoiar as iniciativas de missionação do Padroado português. Ancorou em Goa a 6 de maio de 1542, iniciando o seu trabalho entusiasticamente. A partir de Goa percorreu diversas rotas no Oriente, passando nas ilhas Celebes, Malaca, ilhas Molucas, Indonésia Oriental, chegando mesmo às cidades chinesas de Macau e Cantão e, ainda, ao Japão. No Japão aportou à cidade portuária de Kagoshima (ilha de Kiushu), em 1549, depois deslocando-se para Yamaguchi e daí para Quioto, onde esperava obter autorização para visitar o Imperador. Mesmo que tenha estado pouco tempo neste país, a sua importância na introdução do cristianismo foi notável, tendo inclusivamente sido acolhido no mosteiro budista de Shingon, onde pode debater largamente as doutrinas cristãs. Com a sua ação missionária logrou estabelecer missões nas cidades de Hirado, Yamaguchi e Bungo. Em 1551 estava de regresso a Goa e no ano seguinte decide empreender a missão na China, mesmo contra a posição oficial chinesa que impedia a circulação de estrangeiros. Já em Sanchoão, uma ilha vizinha de Macau, foi acometido de violentas febres, aí morrendo a 3 de dezembro de 1552, abraçado ao crucifixo que lhe fora oferecido pelo seu amigo Santo Inácio de Loyola. O seu corpo foi primeiramente sepultado em Sanchoão, depois em Malaca e, em dezembro de 1553, foi trasladado definitivamente para Goa, onde jaz num imponente relicário de vidro e prata na Basílica do Bom Jesus. Do seu corpo e pertences foram extraídas algumas relíquias, hoje dispersas. Foi beatificado pelo Papa Paulo V em 1619 e canonizado pelo Papa Gregório XV a 12 de março de 1622, simultaneamente com Inácio de Loyola. É o santo patrono dos missionários e a sua festa canónica celebra-se a 3 de dezembro, data da sua morte.
 
     
     
   
     
     
     
 
Secretário Geral da Cultura Direção-Geral do Património Cultural Termos e Condições  separador  Ficha Técnica