MatrizNet

 
Logo MatrizNet Contactos  separador  Ajuda  separador  Links  separador  Mapa do Site
 
terça-feira, 23 de abril de 2024    APRESENTAÇÃO    PESQUISA ORIENTADA    PESQUISA AVANÇADA    EXPOSIÇÕES ONLINE    NORMAS DE INVENTÁRIO 

Animação Imagens

Get Adobe Flash player

 


 
     
     
 
FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional do Azulejo
N.º de Inventário:
MNAz 132 Esc
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Escultura
Denominação:
Peça do Presépio da Madre de Deus
Título:
Velha
Autor:
Ferreira, António e Dionísio (atribuído)
Local de Execução:
Lisboa
Centro de Fabrico:
Lisboa, Portugal
Datação:
1700 d.C. - 1730 d.C.
Matéria:
Barro
Suporte:
Barro cozido (terracota)
Técnica:
Modelação Policromia a frio: pintura a têmpera ou técnica mista (óleo e ovo). Carnação.
Dimensões (cm):
altura: 70 cm; largura: 36 cm; profundidade: 18 cm;
Descrição:
Escultura: escultura de vulto. Figura de presépio. Figura feminina idosa, de perfil, caminhando para a esquerda, apresentando uma verruga na face esquerda. Traja lenço soqueixado pendente dos ombros, véu comprido castanho, camisa, colete azul desapertado abaixo da cintura, saia, sobressaia preta, saia castanha, meias e sapatos. Na cabeça tem um chapéu, sobre o qual transporta um cesto de verga contendo réstia de cebolas, dois pães saloios e um jarro coberto por um pano. Tem à cintura um par de grandes chaves. No braço direito transporta um galo paduano vivo e da mão esquerda pende um coelho. Notas iconográficas: O acrescento de mulheres à adoração de pastores data, segundo Louis Réau, do século XVII, por influência das pinturas de Rubens (Iconografia del arte cristiano. Iconografia de la Biblia Nuevo Testamento, Barcelona,1996) . A forte presença e individualização das figuras femininas é característica deste presépio e dever-se-á, em grande medida, ao facto de se destinar a um convento feminino. Poderá ver-se nesta figura a última fase da vida de uma mulher, que se inicia neste conjunto, com a jovem camponesa, passa pelo jovem casal e floresce no casal com filhos. As mulheres representadas originalmente poderiam ser 5 (poderá faltar antes da jovem camponesa um menina camponesa), para além da Virgem, simbolizariam as 5 fases da vida da mulher no mundo profano, constituíndo para as religiosas uma lembrança do mundo de que abdicavam em favor do ideal feminino representado pela figura da Virgem. A alegoria das três idades do Homem: o jovem, o adulto e o velho surge neste presépio também no núcleo dos Reis Magos. O galo transportado representa uma raça criada com fins puramente decorativos cuja proveniência é a região de Pádua. Bibliografia básica: O Presépio da Madre de Deus (2003)
Incorporação:
Transferência - Por despacho de 31/7/2009, do Director do Instituto dos Museus e da Conservação foi autorizada a transferência a título definitivo do MNAA para o MNAz. Estava em depósito no MNAz desde 1985.
Origem / Historial:
Forma de Protecção: classificação; Nível de Classificação: interesse nacional; Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devem recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei nº 107/2001, de 8 de Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas; Legislação aplicável: Lei nº 107/2001, de 8 de Setembro; Acto Legislativo: Decreto; Nº 19/2006;18/07/2006 O presépio (no qual se integra esta peça) provém do antigo Convento da Madre de Deus (hoje MNAz). Foi colocado originalmente num espaço próprio conhecido por Sala do Presépio, contíguo à Capela de Santo António, no segundo piso do edifício do convento ou casa do antecoro. Entre as possíveis circunstâncias em que se situou a encomenda do presépio poderá ter estado um programa de glorificação da Virgem, no qual se enquadra a recepção de dádivas vindas de Roma, em 1731, sob a forma de relíquias várias relacionadas com A Virgem, incluindo, por exemplo, uma tábua do presépio ou berço. Entre os encomendantes prováveis são apontados D. João V e o padre José Pacheco, ou ainda D. Pedro II ou D. Catarina de Bragança. A sua função inicial relacionava-se com a celebração da Natividade realizada em ambiente de clausura. A função actual de objecto museológico decorreu da sua incorporação pelo Estado após o decreto de extinção das ordens religiosas que se prolongou neste caso, por se tratar de um convento feminino, até à morte da última freira, ocorrida em 1871. Não se sabe exactamente quando terá sido desmontado, mas sabe-se que quando foi incorporado no acervo do MNAA (ou Museu Nacional de Belas Artes e Arqueologia até 1884) já estaria desmontado. A primeira exposição museológica de algumas das suas peças isoladas do conjunto ocorreu em 1882 na Exposição de Arte Ornamental Portuguesa e Hespanhola (não foi o caso desta peça). Existiu um projecto de montagem do presépio na sua casa original nos anos 80 ( onde entretanto se instalou o MNA) , motivando o regresso do conjunto escultórico ao MNAz, em regime de depósito, mas este projecto não teve continuidade por falta de bases para uma correcta montagem das peças dispersas. Prevê-se uma remontagem do presépio em 2004 no local original da Sala do Presépio pela arquitecta Andreia Galvão.
 
     
     
   
     
     
     
 
Secretário Geral da Cultura Direção-Geral do Património Cultural Termos e Condições  separador  Ficha Técnica