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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arte Antiga
N.º de Inventário:
30 Pint
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Pintura
Denominação:
A Virgem, o Menino e Anjos
Título:
A Virgem, o Menino e Anjos
Autor:
Gregório Lopes
Datação:
1536 d.C. - 1539 d.C.
Matéria:
Óleo
Suporte:
Madeira de carvalho
Técnica:
Pintura a óleo
Dimensões (cm):
altura: 125; largura: 167;
Descrição:
No centro da composição estão representados a Virgem Maria e o Menino Jesus ladeados por anjos. A Virgem, envolta num panejamento azul escuro que contrasta com o cabelo louro que lhe cobre os ombros e com o manto púrpura descaído sobre o assento e a vegetação, segura um livro aberto com a mão direita e pousa a mão esquerda sobre a cabeça do Menino ajoelhado a seus pés e que brinca com os três anjos que surgem no lado direito da composição. Os dois anjos da parte esquerda do quadro cantam e tangem um alaúde, no que são acompanhados pelo grupo representado em segundo plano, perto de uma fonte italianizante decorada por pequenas esculturas, de que se destaca, no topo, um cupido cego. Este cenário alegre e bucólico é acentuado, quer pela paleta aberta, luminosa e transparente, quer pela inserção de alguns apontamentos naturalistas, como os cestos de frutos (maçãs, uvas, figos, pêras) ou o arvoredo exuberante do jardim que conduz a um casario vedado por uma cancela e uma sebe. Pelo significado simbólico de que se revestem, alguns dos elementos inseridos pelo pintor merecem um olhar mais atento. Se os apontamentos do vaso com lírios brancos, sinónimo de pureza, virgindade e inocência, e o caracol, símbolo da fertilidade e da regeneração periódica, estão directamente relacionados com o culto mariano, já a representação de frutos como a maçã (símbolo de Cristo enquanto Novo Adão), as uvas (ligadas ao vinho, representam o sangue de Cristo), os figos (que, tal como a maçã, é o fruto da Árvore da Ciência do Bem e do Mal), e uma pêra (relacionada com o amor de Cristo pela Humanidade), constituem claras referências cristológicas.
Incorporação:
Outro - Transferência: charola do Convento de Cristo (Tomar)
Origem / Historial:
Em 1903 Sousa Viterbo publicou um recibo assinado por Gregório Lopes e datado do mês de Setembro de 1536 que comprova que o pintor régio tinha sido encarregado de pintar vários retábulos para os altares pequenos da Charola do Convento de Cristo em Tomar e para a capela de Nossa Senhora, também em Tomar, obras pelas quais cobrou a quantia de 68 000 réis. Este documento diz respeito aos retábulos cujos painéis "Santo António prégando aos Peixes" e "São Bernardo" permanecem na charola, e ao "Martírio de São Sebastião" e "Virgem, Menino e Anjos", actualmente no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa. * Forma de Protecção: classificação; Nível de classificação: interesse nacional; Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei n.º 107/2001, de 8 Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas; Legislação aplicável: Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro; Acto Legislativo: Decreto; N.º 19/2006; 18/07/2006 *
 
     
     
   
     
     
     
 
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