Origem / Historial:
Trata-se de um dos três únicos desenhos conhecidos deste pintor. A atribuição a Luiz de Morales (c.1519-c.1586) não merece qualquer dúvida pela evidente proximidade, no traço, às suas melhores pinturas (Perez-Sanchez, 1986). A inscrição no canto superior esquerdo parece igualmente ser autógrafa quando comparada com a grafia e assinatura do pintor em contratos para obras retabulares dos anos de 1560-70 (Backsbacka, 1962).
Este desenho fez parte da colecção do pintor Jerónimo de Barros Ferreira (1750-1803), adquirida em 1801 pela Oficina Tipográfica, Calcográfica e Literária do Arco do Cego (integrada no mesmo ano na Imprensa Régia, mais tarde Imprensa Nacional). Em 1846 foi transferido para a recém criada Academia de Belas Artes de Lisboa e, em 1884, para o Museu de Belas Artes, futuro MNAA.
* Forma de Protecção: classificação;
Nível de classificação: interesse nacional;
Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei n.º 107/2001, de 8 Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas;
Legislação aplicável: Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro;
Acto Legislativo: Decreto; N.º 19/2006; 18/07/2006 *