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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu da Música
N.º de Inventário:
MNM 0410
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Instrumentos musicais
Denominação:
Clavicórdio
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Portugal
Centro de Fabrico:
Portugal
Datação:
1776 d.C.
Matéria:
Pinho de Flandres, madeira de nogueira, buxo, pau-santo, latão, ferro
Dimensões (cm):
altura: A=116(s/tampa);A=132(c/tampa); largura: L=374(s/tampa);L=392(c/tampa); comprimento: C=1290(s/tampa);C=1321(c/tampa);
Descrição:
Instrumento classificado como de interesse nacional Cordofones, com teclado, percutido com tangente: Portinhola sem fechadura na ilharga frontal; tampa inteira fixa com duas dobradiças. Tampo harmónico(não original) em pinho de Flandres. Cavalete do tampo em S estendido, em madeira de nogueira. Teclas naturais com capas em buxo e acidentais em pau-santo; braços em castanho e tangentes de espátula em latão. Sessenta e seis cravelhas dispostas em oito filas quádruplas e uma dupla, paralelas à ilharga lateral e em fila oblíqua, de dezasseis pares. Trinta e três pares de cordas em latão(sol2a ré5)e em ferro enrolado em latão(dó1 a fá#2). Pintura exterior em verde-escuro, interior em carmesim(recente). Âmbito=dó1 -ré5 dó1=1071;dó2=860;dó3=495;dó4=225;dó5=127 Ligaduras actuais:dó1 a si1 livres, dó-dó#, mib-mi, fá-fá#, sol-sol#, sib-si aos pares com ré e lá livres, excepto lá4-sib4, si4-dó5 e dó#5-ré#5 Classificação de Bens Móveis Através do Decreto n.º 19/2006, de 18 de Julho, o Conselho de Ministros procedeu à classificação como “bens de interesse nacional” de um conjunto de 1626 bens culturais móveis, integrados em 18 Museus sob tutela do Instituto Português de Museus. A categoria de bem de interesse nacional”, corresponde à forma de protecção mais elevada definida pela Lei de Bases do Património Cultural (Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro) para os bens culturais móveis, recaindo sobre bens cuja protecção e valorização represente um valor cultural de significado para a Nação. A lista de bens classificados como “de interesse nacional” (também designados de “tesouro nacional” pela Lei n.º 107/2001) congrega as peças de inegável valor patrimonial dos Museus tutelados pelo IPM, nas áreas de Artes Plásticas, Artes Decorativas e Arqueologia, sendo que muitos destes bens, designadamente os arqueológicos, integram conjuntos sistemáticos que aglutinam objectos sob um denominador comum: unidade territorial, tecnológica ou temporal. Tal como preconizado no “Preâmbulo” do mesmo Decreto, o espírito da classificação agora efectuada reside no acautelamento de especiais medidas em matéria de salvaguarda de bens cuja protecção e valorização represente um incontestável valor para Portugal, designadamente no que se refere à sua protecção, conservação e divulgação em contexto nacional e internacional, pretendendo-se igualmente a instituição de padrões de referência para procedimentos de classificação de bens de interesse nacional, bem como de enquadramento de uma política de incorporações nas principais colecções nacionais. A lista de bens agora classificados como de “interesse nacional” (pelo Decreto nº 19/ 2006, de 18 de Julho, e respectiva declaração de rectificação n.º 627/2006, de 15 de Setembro) resulta do trabalho desenvolvido pelo Instituto Português de Museus, considerando as suas atribuições e competências no que se refere à classificação de bens culturais móveis de valor histórico-artístico, arqueológico, etnográfico, tecnológico e científico.
Incorporação:
Outro - -
Origem / Historial:
Bem cultural móvel, classificado como de interesse nacional (Tesouro Nacional) pelo Decreto n.º 19/2006, de 18 de Julho, e respectiva declaração de rectificação n.º 62/2006, de 15 de Setembro. O clavicórdio, em Portugal, nos séculos XV e XVI, assumiu um importante papel na prática musical nos conventos e igrejas. É de ressaltar o convento de Santa Cruz de Coimbra, um dos mais importantes centros musicais do País, com uma tradição secular ligada a uma considerável produção de artesanato instrumental, sobretudo na construção de cravos e clavicórdios. Foi nessa escola que Carlos Seixas, o mais importante cravista português do século XVIII, fez a sua formação musical. Se quisermos criar um conceito geral de clavicórdio português setecentista, poderemos indicar as seguintes características que valem também para todos os clavicórdios ibéricos: os instrumentos são portáteis, construídos de forma leve, mas sólida, em madeira de conífera e castanho, existentes em Portugal. Especialmente característica é a pintura exterior, num tom verde (merde d'oie), à qual corresponde a cor complementar vermelho tijolo nas partes internas. Os teclados são sempre incorporados, sendo as capas das teclas naturais de buxo e as acidentais de pau santo. O encordoamento é todo em latão, com duas cordas para cada tecla e um tampo harmónico relativamente pequeno. Produzem um som íntimo expressivo e muitíssimo animado, mas pouco volumoso. Estes instrumentos, aparentemente simples, vão ao encontro de uma técnica de toucher muito requintada, graças à configuração meticulosa das proporções das teclas e às relações mecânicas do balanço dos respectivos braços, demonstrando assim, por meio da concepção organológica, a sensibilidade e expressividade de uma época musical cheia de subtilezas. Com estas características, é de destacar a inestimável colecção de clavicórdios setecentistas das oficinas lisboetas e portuenses.
 
     
     
   
     
     
     
 
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